segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O que fazer com lixo eletrônico?

Um sinal desses nossos tempos sujos, poluídos. Todos os dias, consumidores jogam fora montanhas de celulares, baterias, pilhas, computadores, acessórios. Os equipamentos acabam sendo descartados na troca por modelos mais novos, mais sofisticados. O problema do lixo eletrônico é mundial. No Brasil, ainda não existem depósitos apropriados para este tipo de sucata. E há riscos de contaminação. Onze milhões de computadores entram no mercado brasileiro a cada ano; há mais de cem milhões de telefones celulares, e tudo isso junto com um arsenal de acessórios. Essa riqueza também contém material tóxico e ainda não se sabe direito o que fazer quando a utilidade dos produtos acaba. “Há metais pesados, como chumbo, bromo, bálio, PVC e alguns outros, como mercúrio. Esses materiais ficam normalmente nos componentes, nas placas-mãe, nos monitores, projetores, cartuchos. Temos o tonner que é um material altamente tóxico em contato com o ser humano”, explica o coordenador de tecnologia CDI Richard Assis. O Brasil ainda não tem uma legislação específica sobre o descarte desse lixo tecnológico, eletroeletrônico. O ministério do Meio Ambiente deve enviar para o Congresso até o final do ano um projeto de lei sobre esse tema. O que existe são iniciativas isoladas como a que encontramos no Centro para Democratização da Informática, no Rio de Janeiro. Um exemplo: o Comitê para a Democratização da Informática recebe doações de computadores. O material que não pode ser aproveitado, entre 20% e 30% das doações, é entregue a uma empresa especializada em reciclagem de material tóxico. Há também as pilhas - mais de 1,2 bilhão de unidades que chegam todo ano ao mercado. A composição da pilha inclui três elementos que podem causar grandes danos ambientais: chumbo, cádmio e mercúrio. O Conama prevê a redução desses metais pesados na fabricação do produto. Mas as pilhas piratas ocupam 30% do mercado. O professor de química Júlio Carlos Afonso diz que o lixo continua tóxico, mesmo depois que o produto perde a validade: “A melhor maneira enquanto ainda não temos uma tecnologia adequada para que ele possa ser reciclado ou reutilizado, enfim, desaparecer de alguma forma, é confiná-lo num lugar que apresente menos risco ao meio ambiente, que seria no caso o aterro industrial.”

Fonte: http://g1.globo.com/bomdiabrasil/

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